"Com o advento da digitalização dos códigos da linguagem e do pensamento (som, imagem e texto) e com a conexão intercontinental de máquinas processadoras desses códigos (internet), a humanidade vive um novo momento onde as formas de ser e estar no mundo sofreram profundas transformações. Portanto, nossas formas de aprender e ensinar também. Assim, se faz necessário reconhecer tanto as formações cotidianas contemporâneas dos corpos docentes e discentes quanto as suas autorias e, portanto, protegê-las dos processos de precarização que, não raras vezes, se apoiam nos discursos das inovações tecnológicas direcionados para o autoestudo, para o isolamento e para prática transmissiva de informações. Nesse sentido, esse curso se propõe a fazer-pensar coletivamente práticas pedagógicas que fortalecem atividades autorais, interativas, de mediação e de colaboração num contexto muito difícil e atípico que é a pandemia do Covid-19. Se antes trabalhar de forma coletiva era importante, no momento presente, se torna essencial, inclusive, para fomentar as próprias práticas pedagógicas. "
Professora de Informática Educativa e Diretora Pedagógica do Colégio Pedro II (Tijuca II), mestre em Educação (Proped- Uerj, orientação: Edmea Santos), graduada em Fotografia (UNESA) e Pedagogia (UERJ), vem mergulhando nos estudos de Imagem e produção do conhecimento, importando-se desde a configuração dos artefatos legitimados científicos a invenções nos espaços não-legitimados de produção de conhecimento, tais quais as esferas digitais do hackeamento, reconhecendo-o como forma de sobrevivência do engajamento e das proposições autônomas e coletivas que desafiam o discurso batido das lógicas de reprodução. Como educadora, compreende-se como propositora de práticas, as quais, percebe ao longo de mais de dez anos, acontecem por alguns fios condutores elétricos e frenéticos: sensibilidades, prazer, autogestão, redes e aqui-agora.
Comentários
Postar um comentário